Proposta foi aprovada pela Câmara em dezembro de 2013.
A atividade de quem trabalha com motocicletas, como motoboys,
mototaxistas e serviço comunitário de rua, passou a ser considerada
perigosa. A proposta (PL 2865/11, do Senado) que obriga o pagamento de
adicional de periculosidade para a categoria, aprovada em 2013 pela Câmara dos Deputados, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (18).
O benefício, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43),
é de 30% sobre o salário, descontados os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Atualmente, apenas trabalhos que impliquem contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado recebem essa
classificação na legislação.
O deputado Márcio Marinho (PRB-BA), relator do projeto na Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público, comemorou a sanção. "Os
motoboys estão felizes da vida pelo reconhecimento da profissão, por
essa vitória de ter um acréscimo de 30% no salário relativo à
periculosidade”, reforçou.
Riscos
Durante a tramitação na Câmara, a proposta recebeu apoio do líder do PT, deputado Vicentinho (SP), que lembrou os riscos da profissão. "É uma das categorias mais sofridas do Brasil. Em São Paulo, por exemplo, morrem dois motoboys por dia, em média. Não tenho dúvida da importância que o Estado tem em proteger esses profissionais, diante de um trânsito intenso como o nosso."
Durante a tramitação na Câmara, a proposta recebeu apoio do líder do PT, deputado Vicentinho (SP), que lembrou os riscos da profissão. "É uma das categorias mais sofridas do Brasil. Em São Paulo, por exemplo, morrem dois motoboys por dia, em média. Não tenho dúvida da importância que o Estado tem em proteger esses profissionais, diante de um trânsito intenso como o nosso."
A preocupação do parlamentar tem respaldo em pesquisa do Centro
Brasileiro de Estudos Latino-Americanos. Segundo o Mapa da Violência
divulgado pela instituição no ano passado, o número de mortes de
motociclistas passou de 1.421 em 1996 para 14.666 em 2011 – um
crescimento de 932,1%.
O estudo aponta que as motocicletas transformaram-se na causa
principal do aumento da mortalidade nas vias públicas nacionais. Em
2011, as mortes de motociclistas representaram 1/3 dos óbitos no
trânsito.
Íntegra da proposta:
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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