Nem agasalho nem cachecol nem cobertor. Nos dias mais frios, seu carro precisa mesmo é que a bateria esteja em bom estado e que o sistema de partida a frio funcione legal
É claro que os veículos foram projetados para enfrentar qualquer tipo de
temperatura, mas alguns problemas podem ocorrer com mais facilidade nos
dias de temperaturas mais baixas. Com a queda nos termômetros, alguns
sistemas e componentes são mais exigidos e se torna mais fácil a
ocorrência daquele “choquinho” quando motorista ou passageiro encosta na
carroceria do carro. Saiba como cuidar da manutenção e evitar esse
incômodo.
DE ARREPIAR Uma das coisas mais
desagradáveis no inverno é aquele “choquinho” que o motorista leva
quando toca a carroceria. Esse choque é provocado pela carga acumulada
no corpo, devido ao atrito da roupa com o tecido do banco. Por isso, ele
não precisa movimentar o veículo para levar esse choque, basta que
entre e saia do carro. Embora varie de 20 mil a 30 mil volts, a descarga
é de baixa amperagem e, por isso, seu efeito é apenas um “arrepio”.
Para reduzir ou evitar esse incômodo, o motorista deve tocar a
carroceria (parte metálica) antes de colocar o pé no chão, pois, dessa
forma, a carga acumulada será dividida entre seu corpo e a carroceria.
Como esta é maior, grande parte da carga ficará sobre ela, e o motorista
não sentirá um choque quando a carga restante em seu corpo for
transferida, por contato, para outro objeto (o portão da casa, por
exemplo).
As montadoras têm lançado mão de vários recursos para
eliminar ou reduzir esse problema (como maçanetas internas cromadas e
tecidos nos bancos que diminuem as possibilidades do choque), mas o uso
de roupas de tecidos sintéticos e sapatos com solado de borracha
facilitam o acúmulo de energia estática.
TAMBÉM ESQUENTA Na
época do frio, são poucos os motoristas que lembram de ligar o
ar-condicionado pelo menos uma vez por semana. Isso é importante para
evitar o ressecamento das mangueiras, para fazer o gás circular pelos
dutos e prolongar a durabilidade do sistema. Aliás, muitos esquecem que o
ar-condicionado é um sistema de climatização e que basta virar o
controle para a área vermelha para usar o aquecimento e deixar o
ambiente dentro do carro mais quente. O ar nos dias frios desembaça os
vidros.
TANQUINHO Não é à toa que o sistema
chama-se partida a frio. E é no inverno, com somente etanol no tanque,
que esse dispositivo é mais exigido. Por isso, não se esqueça de
abastecer regularmente o tanquinho (na maioria dos carros, ele fica no
compartimento do motor) com gasolina Podium, que mantém as propriedades
por mais tempo. O motorista deve ficar ligado, pois quando a gasolina do
reservatório está acabando, aquela luzinha amarela com o símbolo de uma
bomba de combustível acende no painel.
PERDEU!
Outro abacaxi gerado pelo sistema de partida a frio é o fato de a
gasolina ficar velha, ou seja, permanecer muito tempo no reservatório.
Isso geralmente ocorre depois de um longo período de calor (mais de 90
dias) ou com aquele motorista que usa somente gasolina e que, de
repente, resolve usar etanol – o sistema só entra em operação quando o
tanque de combustível estiver com mais de 90% de etanol e a temperatura
do motor abaixo de 16 graus, ou seja, se uma dessas condições não
existir, ela não entra em cena. O problema acontece quando a gasolina do
tanquinho perde o poder de queima e o motor não liga em temperaturas
abaixo de 15 graus. Em alguns casos, é necessário levar o carro a uma
oficina para limpá-lo.
EVITANDO A CHUPETA Em
qualquer época do ano, o sistema elétrico deve ser mantido em ordem,
mas, nos dias mais frios, essa manutenção é mais importante, porque as
temperaturas mais baixas tendem a diminuir a velocidade de reação dos
componentes químicos da bateria e isso faz com que ela não consiga
fornecer a mesma potência em relação aos dias mais quentes.
Além
disso, no frio o motor exige mais da bateria para pegar de manhã, pois o
combustível tem mais dificuldade para vaporizar ao entrar na câmara de
combustão e pode demorar mais para pegar.Recomenda-se verificar sempre o
estado da bateria, conferindo se não está na hora de trocá-la. O
motorista deve lembrar que a partida é o momento de maior consumo de
energia da bateria e o frio torna essa tarefa bem mais difícil para a
bateria, já que os fluidos ficam menos viscosos, como o óleo do motor, e
os componentes mecânicos apresentam folga menor. Por isso, é bom pisar
sempre na embreagem para não exigir tanto do motor de arranque. Outra
dica importante: evite utilizar o som por períodos prolongados com o
motor desligado.
Se for necessário fazer a chamada “chupeta”
(usar uma outra bateria para dar a partida), é preciso muito cuidado
para evitar que os cabos se toquem e provoquem um curto-circuito, pois
isso pode ocasionar a queima do módulo eletrônico, que custa caro.
Também é importante conferir o estado das velas, pois, se elas estiverem
gastas, dificultam a ocorrência da centelha e exigem mais do sistema
elétrico.
Fonte: Vrum
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