Números de acidentes, mortes e feridos, são menores, mas ainda não são dignos de comemoração
Pelo terceiro ano consecutivo, a violência diminuiu nas
rodovias federais no feriado mais crítico do calendário de operações da
Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Carnaval. A fiscalização foi
reforçada nos trechos mais violentos das rodovias federais e este
esforço teve como resultado uma redução de 9% no número de acidentes, de
16% na taxa de feridos e 6% no índice de mortes.
Entre zero hora de sexta-feira (28/02) e meia noite da quarta-feira
de Cinzas (05/03), a PRF contabilizou, nos 70 mil quilômetros de
rodovias federais, 3.201 acidentes, 1.823 feridos e 155 mortes.
O estado com o maior número de mortos foi o Paraná, onde 25 pessoas
perderam a vida em 354 ocorrências. Os estados de Minas Gerais e Bahia,
que concentravam a maioria das ocorrências no Carnaval, apresentaram
reduções históricas de 23% e 38% no índice de mortes, respectivamente.
Minas Gerais alcançou um recorde nunca antes registrado: três dias
(sexta, terça e quarta) sem mortes na maior malha viária do país.
Causa de acidentes
De acordo com as análises estatísticas da PRF, as principais causas
da violência no trânsito durante os feriados de Carnaval são: a
embriaguez ao volante, a ultrapassagem proibida e o excesso de
velocidade.
As colisões frontais continuaram liderando o ranking de mortes, com
43% dos casos, em 61 acidentes. Isso decorre das ultrapassagens mal
realizadas nas vias de pista simples, predominantes na malha federal.
Depois vieram os atropelamentos (22 acidentes), colisões transversais
(15 acidentes) e saídas de pista (14 ocorrências).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o esforço governamental
envolvendo União, Estados e Municípios para fazer frente à violência no
trânsito nas rodovias federais desde as comemorações de final de ano,
férias escolares de janeiro e agora no Carnaval, ocasião em que milhões
de brasileiros pegaram a estrada, refletiu no resultado. Noutra frente,
os ministérios da Justiça, Cidades, Transportes e Saúde realizaram
campanhas publicitárias de sensibilização, em todo o Brasil.
“A fiscalização realmente traz resultados, mas pelas características
das estatísticas, percebe-se ainda que não existe mudança de
comportamento na população, o que existe é algum medo de receber
punições”, analisa Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e
diretor da Tecnodata Educacional.
Cerca de 10.000 policiais rodoviários federais trabalharam em esquema
de revezamento durante o fim de semana prolongado, e realizaram 488 mil
procedimentos de fiscalização.
Fonte: Portal do Trânsito
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