O grave acidente envolvendo um ônibus na rodovia Régis Bittencourt,
há alguns dias, que deixou pelo menos 16 mortos coloca em discussão,
mais uma vez, a importância do uso de cinto de segurança em transportes
coletivos. Uma pesquisa feita pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) em dezembro do ano passado indicou que apenas 2% dos
passageiros de ônibus intermunicipais e internacionais usam o cinto de
segurança durante as viagens. Em caso de acidente, o equipamento diminui
a possibilidade de morte em até 75%.
Um dos sobreviventes, o motorista que conduzia o ônibus, saiu com
poucos ferimentos após o veículo capotar em uma ribanceira de 30 metros,
na Grande São Paulo. Diferentemente dos passageiros, o profissional que
conduz o ônibus pode ser multado, com o veículo em movimento, pela
falta do equipamento de segurança.
"Embora as empresas zelem pelo estabelecido pela agência reguladora
no sentido de avisar sobre o uso do cinto de segurança, apenas 2% dos
passageiros transportados realmente afivelam o cinto durante toda a
viagem", disse a ANTT ao divulgar o levantamento considerado
preocupante.
Segundo o órgão, mesmo sabendo da importância do equipamento, o
brasileiro ainda não incorporou o hábito de usar o cinto. "Enquanto, no
transporte aéreo, nós já temos a cultura de que, quando estivermos
sentados na poltrona do avião temos que ter o cinto afivelado, usar o
cinto em transporte de ônibus ainda é um grande desafio de toda
sociedade brasileira", explicou o superintendente de Fiscalização da
ANTT, Nauber Nascimento.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e com a Resolução
643 da ANTT, é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutores e
passageiros em todas as vias de território nacional. Não usar o
equipamento durante toda viagem é infração grave e a multa para o
motorista e para a empresa varia entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.
Fonte: Portal do Trânsito / Correio de Corumbá
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