A partir de 1º de janeiro, quem quiser
tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria B, para
guiar automóveis leves, terá que fazer mais aulas e pagar pelo menos R$
200 a mais que o valor atual, que varia de R$ 800 a R$ 850. No primeiro
dia de 2014 começará a vigorar a resolução 444/2013, do Conselho
Nacional de Trânsito (Contran), que torna obrigatório o uso de simulador
de direção nas autoescolas antes das primeiras aulas em carros de
verdade. Apesar da proximidade da data, nenhuma das 250 instituições
vinculadas ao Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado
de Pernambuco (Sindcfc/PE) adquiriu o equipamento. O diretor do
sindicato, Luiz Oliveira Lima, garante que ainda há tempo de se adequar
através do financiamento a juros baixos oferecido via Banco do Brasil e
Caixa. Cada equipamento custa R$ 39 mil.
Pela
resolução, o aluno terá que fazer cinco aulas de 30 minutos no
simulador. As lições serão ministradas após o cumprimento das aulas
teóricas e antes da realização do exame teórico. O equipamento
eletrônico simula situações como dirigir na chuva, com neblina ou à
noite. Também é possível fazer manobras e quando há colisão, o impacto é
“sentido”. O treinamento é acompanhado por um professor e a presença do
aluno é certificada pela biometria, obrigatória desde 2011 para evitar
fraudes.
De
acordo com a presidente do Conselho Estadual de Trânsito de Pernambuco
(Cetran), Semíramis Queiroz, o objetivo é prever situações que podem não
ser vivenciadas nas aulas práticas. “São ferramentas para evitar
acidentes. É semelhante ao que acontece com os pilotos de avião”.
Na
autoescola Santa Luzia, na Iputinga, as propostas de compra estão sendo
analisadas. Segundo a funcionária Ginny Giuliana dos Santos, a empresa
cumprirá a norma no prazo. “Como é um pouco caro estamos vendo a
possibilidade de alugar o simulador. Temos uma proposta de pagar
mensalmente R$ 2 mil com direito a manutenção e a 150 horas de aula”.
Outra
saída para minimizar custos, segundo o sindicato, é o compartilhamento
de simuladores. Mas o valor acabará repassado aos clientes. “Vai dar
mais segurança ao motorista mas o preço está salgado demais”, opinou
Maria Auxiliadora de Mendonça Gomes, 50 anos, que pretende tirar a
habilitação.
Custo-benefício
Apesar de trazer mais segurança, o simulador, na avaliação do
especialista em mobilidade César Cavalcanti, sacrifica financeiramente
quem quer começar a dirigir. “Será que o treinamento atual está
provocando um número extraordinário de acidentes? Qual a grande
vantagem? É preciso contrastar com o custo”, observou.
O simulador
O aparelho tem volante, câmbio, acelerador, freio, embreagem, buzina,
limpador de para-brisa e outros itens de um carro real. A visualização
da rua é feita através de telas de alta resolução.
5 horas aula de 30 minutos cada
São aplicadas exclusivamente àqueles que vão tirar a habilitação na categoria “B”;
São
ministradas após o cumprimento da carga horária relativa às aulas
teóricas regulamentares, e antes da realização do exame teórico;
As aulas são acompanhadas e supervisionadas pelo instrutor de trânsito, diretor de ensino ou diretor-geral do CFC;
O simulador deverá ser instalado em uma área de no mínimo 15 metros quadrados com isolamento acústico;
Conceitos aplicados
Verificação das condições dos equipamentos obrigatórios e da manutenção de um veículo;
Uso dos pedais e início da condução em 1ª marcha;
Mudança de marchas controle e aperfeiçoamento do volante, embreagem e freio;
Domínio do veículo em marcha à ré;
Posição do veículo na via, velocidade e observação do trânsito;
Entrada no fluxo do tráfego de veículos na via;
Movimento lateral e transposição de faixa de rolamento;
Parada e estacionamento;
Ultrapassagens;
Condução e circulação em vias de tráfego intenso, em condições atmosféricas adversas, noturna e em região montanhosa.
Fonte: Blog do Gonzaga Patriota / Diário de PE
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