Um restaurante de Vila Madalena, na capital paulista, colocou
manobristas fingindo-se de bêbados para estacionar os carros dos seus
clientes. Nenhum cliente aceitou. Ato contínuo, os donos do restaurante
mostravam aos clientes que: se eles não aceitam motorista bêbado
dirigindo seus carros, isso deveria valer para eles também, quando eles
são os motoristas que acabam de beber.
A história real é contada pelo líder do movimento “Não Foi Acidente”,
Manuel Silvino Ferreira Fernandes, que fez palestra, hoje
(quinta-feira, 31/10), no 8º Congresso Brasileiro Trânsito e Vida e 4º
Internacional, no Hotel Matiz, em Salvador.
Segundo Manuel Silvino, “as pessoas precisam entender automaticamente
que não se deve pegar o volante para dirigir, assim como hoje em dia já
entram no carro e,automaticamente, colocam o cinto de segurança”. E foi
graças a esta mistura fatídica que Manuel perdeu sua cunhada em 17 de
setembro de 2011, quando Miriam Baltresca foi esmagada pelo motorista
bêbado Marcos Alexandre Martins, a 150 km/h numa via que a velocidade
máxima era de 70 km/h.
Flagrado no exame de sangue de alcoolemia com sete vezes a quantidade
mínima de álcool que é considerada crime de trânsito. O processo se
arrasta na Justiça e, por isso, familiares de Miriam criaram o movimento
“Não Foi Acidente”, para conscientizar os brasileiros que “quando você
bebe uma, e apenas uma dose de álcool antes de dirigir, já está
assumindo o risco de matar alguém, a si próprio ou outra pessoa”.
O palestrante informou que o movimento “Não Foi Acidente” já é um
sucesso e obteve um milhão de assinaturas até agora e por isso se
transformou num projeto de lei da deputada Keiko Ota (PSB-SP), que está
sendo relatado na Câmara Federal e que pretende aumentar a pena dos
chamados crimes de trânsito, que hoje em dia não deixam ninguém na
cadeia, mesmo que o motorista embriagado tenha matado uma ou várias
pessoas.
A mudança será para a duração da pena, que vai passar de quatro anos
no máximo para seis anos no máximo. Assim, assegura Manuel Silvino,
“mesmo com todos os recursos, os culpados ficarão pelo menos um ano na
cadeia, já que hoje em dia não ficam nem um dia”.
Com informações da Assessoria de Imprensa
Fonte: Portal do Trânsito
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