Diferentemente do que ocorria nos carros antigos, a
prática de lavar o motor deve ser evitada. Nos automóveis modernos há
muita eletrônica embarcada. E não precisa ser engenheiro para saber que
água e eletrônica não combinam.
Ao contrário dos carros antigos, que só tinham o
distribuidor e o carburador que necessitavam de proteção para a lavagem,
os veículos atuais são equipados com injeção eletrônica e outros
periféricos. Esses componentes são sensíveis à água. O isolamento dessas
partes é muito complicado e, portanto, lavar o motor não é recomendável
pelas montadoras.
Professor e engenheiro da Escola Politética da USP
(Poli-USP), Marcelo Alves explica que a mania dos motoristas de verem o
motor sempre limpo muitas vezes pode trazer problemas. “Brasileiro tem a
prática de cuidar muito bem do carro. Alguns pensam que deixar o motor
sempre com aspecto limpo é um sinal de cuidado. Isso pode trazer
complicações. Muitos componentes eletrônicos se encontram no
compartimento do motor e podem dar problema ao entrar em contato com a
água”.
Por isso, o carro pode não ligar novamente após a
lavagem. O maior risco é estragar algum componente do sistema de ignição
eletrônica.
Marcelo diz ainda que o motor é projetado para trabalhar
mesmo com sujeira. “Durante o projeto do motor, os engenheiros já
pensam nesse assunto. O motor é feito para trabalhar daquela maneira.
Muitas vezes a sujeira serve até como uma forma proteção”, completou o
professor.
Se for extremamente necessário lavar o motor do carro, é
preciso tomar alguns cuidados. Veja as orientações que estão nos
manuais dos carros Volkswagem: não lave o motor quente; a lavagem só
deve ser feita com a ignição desligada; não direcione jatos de água no
revestimento da tampa do compartimento do motor; não dirija o jato
diretamente sobre componentes elétricos (bateria, alternador, sistema de
ignição e etc); proteja o reservatório de fluido de freio para evitar a
contaminação por água.
Fonte: Terra.com.br
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