O presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José
Aurélio Ramalho, classificou de "adestramento" a formação do condutor de
veículos no Brasil. Para Ramalho, as 20 horas de aulas práticas
atualmente exigidas para o exame de habilitação não são suficientes.
O especialista participou de audiência pública da Comissão de Viação e
Transportes que discutiu a formação de condutores nesta terça-feira
(24) na Câmara dos Deputados.
O presidente do Sindicato dos estabelecimentos de Ensino para
Condutores de Veículos Motorizados do Estado do Rio de Janeiro, João
Pinto Ribeiro, também concorda que apenas 20 horas de aulas práticas são
insuficientes para formar um bom motorista.
Ele reclamou do índice de aprovação exigido das autoescolas. Hoje,
elas ficam sujeitas ao descredenciamnto, se 60% dos alunos não obtiverem
sucesso no exame.
Formação de instrutores
Já o presidente do Sindicato dos Instrutores e Empregados em Autoescolas de Aprendizagem do Rio de Janeiro, Adalto Medeiros, reclamou que a formação de instrutores precisa mais do que as atuais 180 horas/aula exigidas. "Existem cursos de 18 dias, com 10 horas de aulas em um único dia. É um absurdo", disse.
Já o presidente do Sindicato dos Instrutores e Empregados em Autoescolas de Aprendizagem do Rio de Janeiro, Adalto Medeiros, reclamou que a formação de instrutores precisa mais do que as atuais 180 horas/aula exigidas. "Existem cursos de 18 dias, com 10 horas de aulas em um único dia. É um absurdo", disse.
Medeiros destacou ainda que, em seu estado, há casos de instrutores
que ministram aulas teóricas sem, ao menos, saberem dirigir. "É preciso
mais compromisso com a sociedade. Deveria ser exigido habilitação na
categoria D para se fazer o curso de instrutor", defendeu.
Fiscalização
O vice-presidente da Associação Nacional dos Detrans, Marcos Elias Traad da Silva, afirmou que os altos índices de acidentes de trânsito no País são responsabilidade tanto de agentes públicos como também dos cidadãos. A solução, segundo ele, passa pelo foco nas ações.
O vice-presidente da Associação Nacional dos Detrans, Marcos Elias Traad da Silva, afirmou que os altos índices de acidentes de trânsito no País são responsabilidade tanto de agentes públicos como também dos cidadãos. A solução, segundo ele, passa pelo foco nas ações.
O dirigente cobrou do governo federal a autonomia administrativa e
financeira do Denatran, que, a seu ver, terá condições de garantir a
fiscalização e dar apoio aos avanços no processo de formação de
condutores.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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