Os motoristas de primeira viagem são os que mais sofrem com as verdades e
os mitos sobre carros. Diante de tantas afirmações sem cabimento e
regras simples que parecem lendas, listamos 10 mitos e verdades sobre
manutenção automotiva. Confira:
Mitos
1 - Aquecer o carro - Foi-se o tempo em
que você precisava ficar cinco minutos aquecendo o carro antes de
arrancar. Os veículos novos (praticamente todos de 2000 para cá) têm um
sistema de gerenciamento eletrônico que possibilita o mesmo desempenho
frio ou quente.
2 - Banguela - Deixar o carro em ponto
morto nas descidas, a chamada banguela, não traz economia de
combustível. Isso porque nos carros com injeção eletrônica o sistema
identifica que não precisa injetar combustível e interrompe o fluxo
vindo do tanque. Além disso, é questão de segurança usar o freio motor
nas descidas. Portanto, o motorista nunca deve usar a banguela.
3 - Vela sempre falha - As velas do
carro precisam ser trocadas exatamente com a quilometragem recomendada
pela montadora. Elas podem estar danificadas mesmo sem o motorista notar
falhas. O maior problema de defeitos nas velas é o aumento no consumo
de combustível. Em caso de uma vela estragada, todo o jogo (geralmente
quatro) deve ser trocado.
4 - Mistura nos flex - Os carros flex
estão preparados para ter o mesmo rendimento com álcool ou gasolina e
com qualquer mistura entre os dois combustíveis. Não existe mais essa
história de fazer contas para colocar um percentual de álcool e outro de
gasolina. E o motorista pode mudar de um combustível para o outro sem
neurose e sem um período para “aclimatação” do novo combustível. Motor
não vicia.
5 - Ar condicionado - Ligar o ar
condicionado não gasta o gás do sistema, não se preocupe. Isso é uma das
maiores bobagens sobre manutenção automotiva. O gás, aliás, não precisa
ser completado ou reposto se tudo estiver em dia. Ele só vazará em caso
de defeito. O gás do ar também não vicia nem fica velho.
Verdades
6 - Álcool a 70% da gasolina - Se você
tem dúvida se usar álcool ou gasolina, basta fazer os cálculos. O álcool
faz menos quilometragem por litro rodado do que a gasolina. Por isso,
para ser economicamente rentável, vale a pena abastecer com álcool
quando ele está até 70% do valor da gasolina na bomba. Basta pegar a
calculadora.
7 - Pé na embreagem. É verdade, o
hábito de dirigir com o pé no pedal da embreagem pode prejudicar o seu
carro. A prática errada abrevia a vida útil das peças de embreagem. Pode
deixá-lo na rua sem conseguir engatar as marchas ou arrancar o carro. A
principal peça danificada é o disco de embreagem.
8 - Amaciar carro novo - Com o aumento
da tecnologia na produção das peças, os carros hoje precisam de menos
tempo para amaciar o motor. Mas ainda é necessário esse período de
amaciamento. As montadoras falam no manual do proprietário a
quilometragem em que o motorista deve evitar fortes acelerações,
geralmente entre 1 mil a 3 mil quilômetros.
9 - Aumento do consumo - Ligar o ar
provoca, sim, maior gasto de combustível nas cidades, em média de 10% a
20% mais. Porém, na estrada, andar com os vidros abertos a mais de 80
km/h interfere na aerodinâmica do carro. Isso vai fazer que gaste mais
com os vidros abertos do que se estivesse com o ar ligado porque a
entrada lateral de vento vai interferir no rendimento. Mesmo no inverno,
porém, é recomendado ligar o ar condicionado do carro pelo menos uma
vez por semana para circular o gás e o óleo. Faça isso por 10 minutos
para garantir a lubrificação do sistema e evitar ressecamento das peças.
10 - Guicho câmbio automático - Guinchar
um veículo automático de maneira errada pode danificar a caixa de
câmbio, sim. Isso porque as rodas da tração (dianteira ou traseira) não
podem ir rodando com o motor desligado. Se o carro tem tração dianteira
(maior parte no Brasil) pode ir só com as rodas traseiras rodando. Mas
se você não sabe ao certo onde é a tração, melhor não arriscar. O mais
recomendado para rebocar carros com câmbio automático é em guinchos de
plataforma.
Fonte: Terra.com.br
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