O empresário Felipe Augusto já teve muita dor de cabeça com seu antigo carro.
Por trabalhar viajando com outro veículo, Felipe só rodava com seu
Chevrolet Celta 2003 nos finais de semana. Até que em um de seus
passeios pela cidade em que mora, Vitória de Santo Antão, o automóvel
parou e começou a fumaçar. Indo até a oficina, o empresário descobriu
que o problema era a bomba d’água. Mas era tarde, o motor já tinha
batido.
Felipe conta que muitas pessoas da família
utilizavam o carro durante a semana, mas ninguém se preocupava com a
manutenção do possante. “Consertei, mas o motor ainda bateu outras duas
vezes. Numa delas, meu tio estava com o carro em Abreu e Lima. O jeito
foi passar o veículo à frente”, fala.
De acordo com os especialistas, a falta de manutenção é mesmo o
principal motivo que leva o motor a bater. Entenda agora como a falta de
zelo pode danificar seu veículo e o que pode ser feito para evitar
prejuízos.
Como identificar que o motor está com problemas
De acordo com o professor de Engenharia Mecânica da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Laurênio Accioly, o motor
bate quando algumas peças no interior dele começam a fazer mais esforço
do que o normal. “Esse aumento de esforço acontece porque essas peças
começam a travar, seja por conta de folgas excessivas ou por uma deficiência na lubrificação do motor”, explica.
O problema das folgas
O motor de qualquer veículo sai de fábrica com folgas padrões de
centésimos de milímetros entre suas peças. Quem explica é a engenheira
mecânica e diretora da Retífica Padrão, oficina especializada no
conserto de motores, Eliana Navarro. Ela diz que, quando o ar que entra
no motor vem com pequenos grãos de areia, essas partículas podem se
alojar nessas folgas e dar início a um processo de desgaste de peças.
“Os grãos funcionam como uma lixa que vai sendo atritada contra os itens
motor. O resultado é a quebra dessas peças”, destaca a engenheira. Para
evitar o problema, Eliana aconselha a troca do filtro de ar assim que o
item indicar desgaste. “Quando ele está muito amarelado, é hora de
trocar, pois partículas de poeira já podem estar passando para o motor.
Não custa mais que R$ 20”.
Lubrificação necessária
Como toda máquina, as partes do motor precisam estar bem lubrificadas
para que o funcionamento seja o melhor possível. Quando algo impede que
o óleo chegue a todas as partes da máquina, problemas começam a
acontecer. O professor Laurênio Accioly esclarece que, com o tempo de
uso, o próprio óleo do motor começa a produzir uma borra que pode
entupir as vias pelas quais o óleo deve correr. “Se não estiver
lubrificado, o motor passa a trabalhar com mais atrito e o travamento
das peças pode acontecer”, frisa Laurênio.
Ainda segundo o professor, trocar o filtro de óleo a cada 7.500
quilômetros é a melhor maneira de evitar que o motor bata por falta de
lubrificação. O preço do filtro de óleo gira em torno de R$ 20. “É
importante ainda observar a qualidade do óleo. Na oficina, o motorista
pode pedir os de base semi-sintética, que custam em torno de R$ 20 o
litro”.
Calor excessivo
Outra razão que pode levar o motor a bater é o excesso de calor.
“Como estão quentes, as peças do motor aumentam de tamanho e podem
travar”, diz o professor Laurênio. Prestar atenção a algum tipo de
vazamento de água e sempre manter o radiador abastecido são os caminhos
para evitar que o motor bata por conta do calor.
O motor já bateu
A solução agora é levar o carro à uma retífica de motores e reparar o
estrago. Eliana Navarro, da Retífica Padrão, diz que o valor do
conserto irá depender do problema do motor. “Uma retífica completa de um
carro popular, por exemplo, fica por algo em torno de R$ 3.500”,
afirma. Jorge Nascimento, diretor da Retífica Recife, também diz que o
valor pelo serviço na loja é próximo dos R$ 3.500. “O carro fica pronto
dentro de quatro ou cinco dias”, aponta Jorge.
Fonte: Portal do Trânsito / Vrum
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